Tieta renasce nas mãos da Misci como quem carrega maré nos olhos e chão firme nos passos.
Não é só personagem, é ponte entre ontem e agora, símbolo de coragem, de recomeço, de fé que não se curva. Nessa coleção, sua força se costura em fios de látex amazônico, bordados que respiram floresta, e tecidos que escutam o tempo. Cada peça é canto de resistência, sopro de cuidado, encontro entre o sagrado e o possível. É moda que fala baixo e toca fundo, que pensa o futuro com os pés no barro e as mãos abertas pro vento.
Veja os principais highlights do desfile na experiência em Realidade Aumentada abaixo
A Misci não desfila apenas roupas: levanta territórios, celebra raízes, planta perguntas. É moda como reza e manifesto, um chamado pra lembrar que existir também é preservar. E é nesse novo tempo, dentro de um ateliê que acaba de nascer, que a marca ensaia seu próprio renascimento. Minimalista no gesto, profunda na entrega, desenha seu novo nome com traço firme, em parceria com Lucas Succi.
A alfaiataria se mantém firme, mas abre espaço pra matérias vivas, como o couro vegetal Pelle Verde, feito folha por folha, caule por caule, como quem entende que até o descarte pode florescer. A fauna da caatinga se espalha em estampas reinventadas, e Elian Almeida empresta sua visão para vestir Tieta em cores que narram o sertão. Entre saias, lenços, camisas e um Kama Sutra em peça única, a Misci nos lembra que vestir também é dizer — e que dizer, hoje, exige afeto, ética e um mergulho fundo na própria terra.