Gomide&Co anuncia representação de Mira Schendel e marca novo capítulo para a obra da artista no Brasil
Após mais de uma década sem representação no país, a obra de Mira Schendel (1919-1988) encontra um novo lar na Gomide&Co, marcando um momento significativo para a arte moderna e contemporânea no Brasil. A parceria visa ampliar a presença da artista no cenário nacional e internacional, com exposições, publicações e projetos especiais que reforçam seu legado e impacto na história da arte.
Considerada uma das artistas mais inovadoras do século 20, Mira Schendel revolucionou o uso da linguagem, do vazio e da materialidade na arte, explorando temas como metafísica, poesia e filosofia. Sua obra, presente em instituições como o MoMA (Nova York), Tate Modern (Londres) e Reina Sofía (Madri), sempre manteve um diálogo com o concretismo e o neoconcretismo, mas com uma singularidade que a posiciona além de classificações.
Com a nova representação pela Gomide&Co, a família Schendel busca consolidar a presença da artista no Brasil, garantindo que sua produção continue sendo estudada, exibida e valorizada. “A parceria com a Gomide&Co representa um novo e empolgante capítulo para o legado de Mira. A galeria compartilha nossa visão de preservar e expandir o reconhecimento de sua obra”, afirma Max Schendel, neto da artista e co-administrador do Mira Schendel Estate.
Um dos aspectos mais inovadores da produção de Mira Schendel foi o uso do papel como suporte principal de sua pesquisa artística. Suas monotipias, mandalas e objetos gráficos exploraram a materialidade do papel de forma única, criando um vocabulário visual que desafiava a relação entre forma, palavra e espaço.
Segundo Thiago Gomide, cofundador da Gomide&Co, essa dimensão da obra de Mira merece ainda mais reconhecimento: "Um dos grandes legados de Mira foi seu entendimento quanto à potência do papel. Ela usou, dobrou, amassou, pigmentou e criou com papel. Esse material foi essencial para seu pensamento artístico."
Já Max Schendel reforça a importância de desmistificar a ideia de que a pintura se conserva melhor que o papel: "Existem trabalhos de Mira dos anos 1950 que estão intactos, impecáveis. Nosso compromisso é ampliar essa compreensão e garantir que sua obra alcance novos públicos de forma coerente e organizada."
