Assim, em meio a festivais de música eletrônica e movimentos alternativos, nasceu a Pangéia. Mais que uma marca de roupas, a Pangéia é uma expressão de identidade, funcionalidade e autenticidade. Utilizando retalhos da indústria têxtil e adotando processos artesanais, Diérika deu vida a peças únicas, feitas sob medida para aqueles que compartilham sua visão de um mundo mais sustentável e inclusivo.
Em um mundo repleto de cores, estampas e texturas, Diérika encontrou sua paixão e propósito. Com um olhar atento às possibilidades e uma mente inquieta desde a infância, ela construiu sua jornada entre fios, tecidos e negócios, transformando sua visão em realidade. Esta é a história de uma empreendedora que encontrou na moda não apenas um meio de expressão, mas uma forma de conexão com o mundo ao seu redor.
Diérika, uma alma apaixonada pela vida, pelas viagens e pelas diversas nuances culturais que permeiam nosso planeta, sempre soube que seu caminho estava entrelaçado com a criatividade e a inovação. Desde os primeiros passos, ela se viu imersa em um universo onde as possibilidades eram tão vastas quanto os horizontes que tanto amava explorar.
Ainda criança, aprendeu a fazer tricô, crochê e bordar. Quando adolescente, sonhou em fazer moda, porém não era acessível por questões financeiras e isso à fez buscar outra coisa que eu amava e estava totalmente conectado com sua habilidade natural de vendas: a administração.
Em 2011, em parceria com sua melhor amiga, Bru, Diérika deu vida ao Brechopp, um evento de troca de roupas que logo se transformou em um fenômeno local. Com o Brechopp, elas não apenas promoviam a sustentabilidade e o consumo consciente, mas também reforçavam os laços comunitários, doando as peças não vendidas para instituições locais.
Entretanto, o destino reservava algo ainda maior para Diérika. Em 2014, nascia a Hot Stock, uma empresa de revenda de mostruários por atacado, fruto de seu empenho e participação no curso Empretec do Sebrae. Foi nesse período que ela mergulhou de cabeça no universo têxtil, estudando corte, costura e modelagem no Senai do Brás, enquanto alimentava seu sonho de construir algo único, algo que ecoasse suas convicções mais profundas.
Assim, em meio a festivais de música eletrônica e movimentos alternativos, nasceu a Pangéia. Mais que uma marca de roupas, a Pangéia é uma expressão de identidade, funcionalidade e autenticidade. Utilizando retalhos da indústria têxtil e adotando processos artesanais, Diérika deu vida a peças únicas, feitas sob medida para aqueles que compartilham sua visão de um mundo mais sustentável e inclusivo.
Para Diérika, a Pangéia não é apenas um negócio; é uma missão. É a materialização de um propósito que transcende fronteiras e conecta pessoas através da moda. É o reflexo de uma jornada marcada pela paixão, pela determinação e pela crença inabalável de que, através da criatividade e do trabalho árduo, podemos moldar o mundo à nossa imagem e semelhança.
E assim, entre pontos, tecidos e estampas, Diérika continua sua jornada, inspirando outros a sonhar, acreditar e transformar. Pois, para ela, a verdadeira magia da vida reside na capacidade de criar algo único, algo que ecoe para além do tempo e do espaço, algo como a Pangéia.
Conheça um pouco mais sobre a trajetória de Diérika e o futuro da Pangeia na entrevista abaixo.
1. Quais são os principais desafios tecnológicos que a Pangéia enfrentou desde sua criação?
Falando em tecnologia na moda, vejo que temos dois fatores relevantes e que se conectam: a produção de peças em pequena escala.
Hoje muito se fala sobre sistemas que podem fazer muitas coisas, como otimizar o corte, facilitar as modelagens e automatizar todo o processo, porém, isso funciona muito bem em grandes quantidades. Quando falamos de pequenas quantidades o que ainda funciona é o bom - e velho - e corte manual, por serem peças em quantidades pequenas, que inclusive, são negadas pela maioria das empresas de cortes e confecção.
Ainda dentro desse mesmo assunto, a questão do site. Quando a Pangéia tinha 2 anos, ela já tinha um site e o que eu mais ouvi da pessoa que eu contratei pra fazer o meu site, é que, a quantidade de estoque de cada peça, precisava ser maior, pois se não, o trabalho era muito grandioso para o cadastro de uma peça só. Na época eu pouco entendia sobre o assunto relacionado e fui acreditando, até que, depois de muitos estudos, entendi que isso não é um problema e sim uma solução, e que esse diferencial faz parte dos nossos valores.
Como consumidora, vejo também que para algumas pessoas ainda é MUITO importante experimentar a roupa e no começo, a Pangéia era uma marca com muita presença em eventos e isso facilitava o processo. Com a mudança de posicionamento, entendemos que precisamos fazer com que a pessoa tenha segurança na hora dessa compra, e estamos nesse caminho de lapidação desse processo.
2. Para além do consumo de slow fashion, quais práticas podem diminuir os impactos ambientais causados pela indústria têxtil?
Acredito muito na moda circular como uma alternativa clara para os impactos que são causados por essa indústria, mas para além disso, precisamos falar de conscientização do consumo, porque não adianta nada comprar de uma marca autoral, se segue sendo um consumo desenfreado.
Aprendemos que somos o que temos e é isso que gera lucros imensuráveis para a indústria do fast fashion. A necessidade de pertencer através do ter, é o que está destruindo o planeta.
Quando falo de conscientização, é sobre questionar a minha cliente sobre a quinta peça que ela está comprando de cores diferentes e ouvir dela que é porque o produto está funcionando e ela realmente está usando e também é sobre contar como é feito esse processo dentro da indústria têxtil. Como são tratadas as pessoas e como esse tempo precisa ser respeitado para que a produção seja sustentável também dentro do viés dessas relações.
Buscar alternativas de tecidos que são produzidos a partir de roupas ou fios que já existem, que são produzidos de fibras naturais e diferentes das fibras que já conhecemos hoje e entender que para além dos impactos ambientais, essa indústria também é uma das que mais emprega mulheres e que essa produção precisa sim diminuir, mas ela precisa acontecer, porque é o que sustenta muitas famílias.
Não sei se cabe aqui, mas considero como impacto ambiental, as condições precárias de trabalho dentro dessa indústria e vejo que precisamos levantar a pauta, além da matéria prima, mas também, das condições humanas.
3. Quais são os objetivos da Pangéia para os próximos anos?
UAU! Amo esse tipo de pergunta <3
Esse ano a Pangéia completa 7 anos, com uma maturidade que eu não me lembro de ter desejado em algum momento, mas que nesse momento é fundamental para os nossos planos.
O objetivo é expandir, fazendo jus ao nosso nome, que vem de quando a Terra toda era um continente só, sem fronteiras. Estamos trabalhando para alcançar maior território nacional e também internacional, sem perder a nossa essência e nossos valores e também está em andamento nossa ativação na Web3, para alcançar também esse formato que já entendemos e nos impressionamos, de tantas possibilidades.
Faz parte desse plano a Pangéia Portal, que vai conectar todos os assuntos que achamos importantes e relevantes para a Moda enquanto comportamento e oferecer a nossa comunidade, maior conscientização desse mercado.
Além disso, temos algumas oportunidades que apareceram no último semestre, depois que começamos a fazer parte do Ginga, processo do Sebrae para startups, mas essas aqui, ainda em estado de amadurecimento, nós compartilharemos na nossa próxima entrevista (rs).