Uma blusa vira território, um look se faz memória viva, e cada passo no tablado ecoa como tambor que chama pro centro.
Na passarela onde o tempo dobra e o tecido conta histórias, a Dendezeiro retorna à São Paulo Fashion Week como quem pisa no chão com reverência.
Em Brasiliano 2: A Puxada pro Norte, o Norte do Brasil se deita sob as luzes, feito rio que guarda segredos antigos. As mãos da marca baiana puxam fios de memória e coragem, costurando em baggy shapes e tons terrosos a fauna, a pesca, o açaí sem xarope: rituais do cotidiano que se tornam bandeira. O desfile vira canto, celebração de tudo que é ignorado mas jamais esquecido. Uma blusa vira território, um look se faz memória viva, e cada passo no tablado ecoa como tambor que chama pro centro. O Brasil que pulsa ali não é só país, é caminho, é raiz, é futuro em gestação. É força que sobe do chão, como mata que não pede licença.
Veja os principais highlights do desfile na experiência em Realidade Aumentada abaixo
Para Hisan e Pedro, contar essa história é vestir o Brasil com o que há de mais verdadeiro. Sua gente, sua luta, sua alegria inquebrável no caminhar dessa revolução estética, a Dendezeiro faz do desfile um levante. Inspirada na Cabanagem, a coleção vira resistência bordada, potência que dança entre ontem e amanhã. Com olhos no Norte e o coração inteiro no país, a marca finca sua bandeira de identidade no centro do mundo da moda. E se antes foi o sertão com a coleção Brasiliano 1, agora é a floresta, o rio, o Norte profundo que fala alto. Do patrocínio de Viola Davis à interação com SZA com a coleção passada, o nome Dendezeiro ultrapassa passarelas, é chamado que o mundo escuta, é arte que veste e transforma.