Das Revistas Femininas à Web 3 – A trajetória por trás de uma das profissionais mais antenadas nos campos da Comunicação, Tecnologia e do Futuro da Criação Digital.
Guta Nascimento, jornalista e uma das pioneiras na integração do universo digital com o mundo corporativo, tem uma trajetória que reflete não apenas a evolução da mídia, mas também as transformações sociais e tecnológicas pelas quais o mundo tem passado nas últimas décadas. Nascida em 1968 no Rio de Janeiro, Guta teve um início precoce no aprendizado, alfabetizando-se sozinha aos 4 anos e se destacando desde a infância. Sua história, marcada pela curiosidade e paixão por comunicação, é um reflexo das mudanças que ela testemunhou e, muitas vezes, ajudou a criar.
Aos 12 anos, um teste vocacional apontou para o campo de Comunicação Social, e foi nesse caminho que Guta encontrou sua verdadeira vocação. Começou sua carreira na TV, passou por diversas rádios e, aos 22 anos, já estava na TV Globo, onde se consolidou como uma profissional respeitada. A carreira de Guta seguiu por grandes corporações de mídia, até ela se tornar uma das fundadoras do Tempo de Mulher, um portal feminino de enorme sucesso no Brasil, com mais de 30 milhões de pageviews e 1,2 milhão de usuários. Foi no Tempo de Mulher que Guta fez história, trazendo pela primeira vez uma colunista plus size para o Brasil, um marco no jornalismo digital e na inclusão de corpos diversos, principalmente no campo da moda.
Em 2017, Guta assumiu o cargo de diretora adjunta na revista CLAUDIA, onde teve a oportunidade de se aprofundar no conteúdo feminino, um tema que sempre a fascinou. No entanto, foi em 2021 que ela tomou a decisão que mudaria o rumo de sua carreira: fazer a transição para a Web3, acreditando no impacto das novas tecnologias e na mudança de paradigmas que elas trazem para a comunicação e a criação de conteúdo.
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Sua visão sobre o futuro é clara: a revolução digital, segundo Guta, é a revolução do espaço. Ela acredita que, assim como a Revolução Industrial transformou o tempo, a revolução digital transformou a maneira como nos conectamos com o mundo ao nosso redor, permitindo-nos estar em vários espaços simultaneamente. Mais recentemente, com a ascensão da Inteligência Artificial e da Blockchain, ela vê uma nova revolução – a da criação. "Estamos mudando a maneira como criamos e consumimos", afirma, destacando a importância de entendermos as transformações que estamos vivenciando e de sermos protagonistas desse processo.
Para Guta, o papel das corporações na inovação também é um ponto crítico. "As corporações são grandes transatlânticos, que não conseguem mudar sua rota facilmente. O inesperado e o novo não entram na planilha de Excel", comenta, refletindo sobre o engessamento das grandes estruturas corporativas que, segundo ela, têm medo de inovar e adaptar-se ao novo. Para ela, a chave está no capital humano e na criação de espaços de colaboração e aprendizado, onde ideias diferentes possam florescer.
Além de sua experiência em grandes veículos de comunicação e empresas, Guta é hoje uma nômade digital, vivendo no Discord, fazendo lives e dando palestras sobre inclusão digital e diversidade. Ela se dedica também a curadoria de conteúdo com foco na Web3, Blockchain e Metaverso, criando encontros que reúnem projetos sociais e iniciativas no ecossistema digital, com o objetivo de democratizar o acesso às novas tecnologias e promover a inclusão.
Guta Nascimento não é apenas uma jornalista. Ela é uma verdadeira visionária que entende a importância de adaptarmos nossos processos de comunicação e criação à velocidade das mudanças que estamos vivendo. Ela sempre se atraiu por pessoas que desafiaram suas ideias e ampliaram seu horizonte, e, ao longo de sua carreira, se tornou uma referência para aqueles que buscam entender as complexas relações entre tecnologia, comunicação e a sociedade.
Hoje, Guta é um símbolo de transformação, não apenas no jornalismo, mas também no mundo digital, sendo uma das grandes vozes que estão ajudando a moldar o futuro das nossas interações e da forma como nos conectamos nesse novo universo. Sua jornada, que começou com o jornalismo tradicional e seguiu para a matrix digital, é uma verdadeira lição de adaptação e evolução diante das novas fronteiras tecnológicas.
