Galeria Lume apresenta a exposição "Ágora" de Claudio Alvarez.

A mostra reúne 10 obras compostas por materiais como aço inoxidável, acetato, tecido e espelhos, além de estudos que evidenciam a exploração de Alvarez sobre a interação entre movimento e percepção visual.

Cultura // Movimento
Por Sarah Rocksane Araújo
Outubro, 2024

A Galeria Lume abriu a exposição individual "Ágora", do artista plástico Claudio Alvarez, sob curadoria de Paulo Kassab Jr. A mostra reúne 10 obras compostas por materiais como aço inoxidável, acetato, tecido e espelhos, além de estudos que evidenciam a exploração de Alvarez sobre a interação entre movimento e percepção visual. As esculturas apresentadas propõem uma experiência sensorial que desafia a linha entre realidade e ilusão, provocando o espectador a questionar suas percepções.

Segundo Alvarez, a intenção é criar uma conexão contínua entre o real e o fictício. O curador observa que a obra do artista gera incertezas, sugerindo uma realidade indefinida, em constante transformação, refletindo a perplexidade inerente à existência humana.

Claudio Alvarez, nascido em 1955 em Rosário, Argentina, e atualmente residente em Curitiba, Brasil, é um artista que se dedica à pesquisa sobre movimento e percepção. Suas obras desafiam o olhar ao confrontar o que se vê com o que se sabe, utilizando ilusões de ótica, jogos de espelhos, iluminação e objetos móveis. Alvarez explora formas dinâmicas e estruturas geométricas que oscilam entre o equilíbrio e o movimento, criando uma fusão entre fascínio e raciocínio. Suas criações provocam questionamentos sobre a percepção humana e a relação entre o mundo real e o das aparências, unindo fluidez, ilusão e materialidade em um discurso visual que combina análise e sensação como formas de pensamento.

Na exposição "Ágora", o artista Claudio Alvarez apresenta obras que destacam a interação essencial com o público, utilizando jogos de espelhos e ilusões ópticas para desafiar os sentidos. As peças provocam o visitante, fragmentando a percepção do reflexo e gerando uma experiência de desorientação e fascínio. Alvarez continua a questionar a percepção tradicional da realidade, criando dispositivos que colocam em conflito a sensibilidade e a apreensão racional. Segundo o professor Fabrício Vaz Nunes, a "Ágora" funciona também como uma metáfora da realidade social, sugerindo que, apesar dos esforços para escapar de certos aspectos dessa realidade, todos permanecem presos a ela, mesmo em ações simples, como observar um espelho em uma caixa.

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