Reservados, a princípio, para surfistas e pilotos de motocross, os óculos de sol de alto desempenho da Oakley ultrapassaram o mundo dos esportes radicais que os originou e se tornaram um item onipresente na moda.
Embora a Oakley seja mais conhecida por seus óculos de sol e óculos de proteção, a marca foi fundada em 1975 por James "Jim" Jannard e começou como uma empresa que vendia empunhaduras de guidão em eventos de motocross.
Em 1992, Jannard revolucionou a abordagem de design da Oakley ao adquirir uma impressora 3D. Ao lado da NASA, a Oakley foi a única marca de roupas esportivas a investir na tecnologia e foi esse espírito pioneiro e devoção à inovação que definiu o padrão para a Oakley, sintetizando sua missão inicial de “identificar problemas, criar soluções e embrulhar essas soluções em arte".
Peter Yee foi o primeiro designer industrial a ser trazido para a Oakley e a sua visão passou a definir o espírito de trabalho e a linguagem de design da marca a partir de sua chegada, em 1993.
Encontrando referências estéticas na indústria automobilística, na forma humana e no arquivo da própria Oakley, Yee conseguiu criar produtos que, por vezes, pareciam impossíveis.
Sob a direção de Yee, o Eye Jacket foi o primeiro par de óculos de sol projetado em CAD e com impressão 3D, tecnologia que possibilitou uma forma mais esculpida e arredondada, afastando-se das linhas angulares dos anos 80.
No Brasil, a popularização da marca nas periferias se deu a partir de meados de 2010, frequentemente citada pelos MCs do ainda jovem funk ostentação em suas músicas.
Nas letras de "Bonde da Oakley" de Mc Juninho e "Bonde da JuJu" de Backdi e Bio G3, os MCs listam os produtos de destaque da época, criando praticamente um catálogo dos itens mais desejados.
O uso dos óculos Oakley no universo do funk ostentação não apenas reforça a ideia de riqueza e sucesso, mas também incorpora uma imagem de estilo e sofisticação que ainda hoje faz parte não só da estética como do imaginário das periferias de São Paulo.
