A história da Tâmara remonta o passado da própria designer, cujas inspirações surgem da tradição familiar ligada à costura, ao artesanato e à arte. Desde cedo, a influência das mulheres de sua família despertou seu interesse por essas práticas, criando um vínculo profundo com sua herança.
A moda é uma forma de expressão que vai além das tendências passageiras e das roupas em si. Ela é capaz de contar histórias, transmitir valores e refletir a essência de quem a cria. Nesse contexto, a marca Tâmara emerge como um exemplo notável de slow fashion, uma abordagem que valoriza processos cuidadosos e conscientes na construção de roupas. Essa marca única está intrinsecamente ligada às raízes e aos interesses artísticos da designer por trás dela.
A história da Tâmara remonta o passado da própria designer, cujas inspirações surgem da tradição familiar ligada à costura, ao artesanato e à arte. Desde cedo, a influência das mulheres de sua família despertou seu interesse por essas práticas, criando um vínculo profundo com sua herança. A proposta do slow fashion se encaixa perfeitamente nessa trajetória, considerando que os processos de criação no interior, onde cresceu, já seguem um ritmo mais tranquilo e atencioso. A lembrança de um pé de algodão em sua chácara reforça essa conexão com a matéria-prima essencial para a confecção das roupas.
A infância da designer foi marcada pela confecção de roupas feitas por sua mãe e outras costureiras habilidosas.
Cada peça era única e carregava consigo a emoção de participar ativamente de seu processo de criação. A escolha do tecido, o modelo, os ajustes e a ansiedade de ver a peça finalizada tornaram-se elementos fundamentais em sua trajetória. Essas experiências despertaram sua paixão pela moda e a levaram a explorar o mundo do design e da costura.
Com formação acadêmica em teatro, a designer teve a oportunidade de atuar como figurinista, o que se tornou o ponto de partida para a criação de sua primeira marca, a Grata à Luz. Através de um processo autodidata, ela aprendeu a confeccionar peças únicas, experimentando diferentes modelos, tecidos e moldes. Sua busca por referências e conhecimento levou-a ao Museu da Moda, onde se aprofundou na história da moda e nas técnicas dos estilistas renomados.
Mais tarde, em Belo Horizonte, a designer decidiu aprimorar suas habilidades e ingressou em um curso prático de Modelagem no Senac. Esse curso permitiu que ela explorasse ainda mais o processo de construção das peças, envolvendo pesquisa, desenho, modelagem e produção. No desenvolvimento da marca Tâmara, a designer encontrou inspiração em momentos de recolhimento e introspecção, bem como na partida de sua avó, que teve um impacto emocional significativo em sua vida. Ao herdar pertences relacionados ao amor de sua avó pela costura, como uma tesourinha de prata e roupas produzidas com cuidado, a designer encontrou a motivação para iniciar uma nova marca que fosse uma expressão direta de sua identidade, suas raízes e suas escolhas de vida alinhadas ao slow living.
Um de seus valores mais fortes é a contribuição para o bem-estar coletivo. Ela se sente incomodada quando suas atividades não têm um impacto positivo no todo. Nesse sentido, a filosofia do slow fashion se encaixa perfeitamente, pois promove o consumo consciente e práticas sustentáveis e artesanais. A construção das peças da Tâmara reflete esses valores, desde a escolha cuidadosa dos tecidos de uma empresa brasileira comprometida com a sustentabilidade ambiental até a utilização de corantes e produtos auxiliares que atendem a rigorosas certificações de segurança e ausência de substâncias nocivas.
A equipe de costureiras da marca é local, composta por uma família que recebe um pagamento justo por seu trabalho e tem prazos respeitados. Os detalhes das peças também são confeccionados com cuidado e dedicação. Os botões são feitos de cerâmica pela ceramista Leila Martins, enquanto os bordados são feitos à mão pela artista têxtil Isadora Falcão. Até mesmo as embalagens são produzidas artesanalmente, utilizando papel e tecido, e as tags são plantáveis, contendo sementes em sua composição.
O nome da marca, Tâmara, é uma escolha significativa e pessoal. Desde sua infância, a designer é conhecida por esse nome e decidiu adotá-lo para sua marca, pois sente uma conexão profunda com ele. O nome Tâmara evoca não apenas a doçura de um fruto, mas também simboliza a paciência e a dedicação necessárias para cultivar uma árvore que leva décadas para dar frutos. Da mesma forma, ela sabe que as mudanças de hábito e os resultados só serão alcançados gradualmente.
Ao criar a marca Tâmara, ela encontrou uma maneira de canalizar sua energia e foco em algo que acredita. Através do slow fashion, ela consegue expressar sua identidade, valorizar suas raízes, contribuir para a indústria da moda de forma consciente e contar histórias únicas através de suas peças. A Tâmara é mais do que uma marca de roupas, é uma jornada de criação que busca inspirar outras pessoas a adotarem uma abordagem mais consciente e significativa em relação à moda.
Depois de uma jornada repleta de transformações pessoais e profissionais, hoje a marca encontrou morada no Hotel Ronaldo Fraga em BH e na Bemglô em São Paulo.