Design Coletivo: novos percursos na Galeria Metrópole

Nos dias 27 e 28 de setembro, a Galeria Metrópole recebe o projeto Design Coletivo, iniciativa da Feira na Rosenbaum que inaugura um formato voltado à experimentação e à abertura de novas linguagens no campo do design brasileiro.

Design // Art-time
por Caíque Nucci
Setembro, 2025

Nos dias 27 e 28 de setembro, a Galeria Metrópole recebe o projeto Design Coletivo, iniciativa da Feira na Rosenbaum que inaugura um formato voltado à experimentação e à abertura de novas linguagens no campo do design brasileiro. A curadoria reúne cerca de 50 expositores de mobiliário, cerâmica, objetos e artes visuais, com destaque para o grande número de estreantes, que se apresentam ao lado de nomes já consolidados.

A proposta integra a programação do Design na Metrópole, que tem transformado o edifício modernista no centro de São Paulo em um polo de criação e difusão, abrindo ateliês e estúdios para lançamentos e atividades públicas.

Henrique Aires Bolognini, Estúdio Henrique Nini: Coleção de bancos (Pi, Lero e Sinsinhô)

Um espaço de encontro

O projeto é conduzido por uma equipe que une diferentes experiências. Cris Rosenbaum, cofundadora e curadora da Feira na Rosenbaum, atua como mentora, enquanto a curadoria é assinada por Micha D’Angelo, arquiteta e criativa visual que há mais de quatro anos desenvolve pesquisas curatoriais na feira. A produção executiva é de Luis Guido, empreendedor e ceramista fundador da Call Jim!, que contribui com sua prática na articulação entre criadores e público.

Mais do que uma exposição, o Design Coletivo propõe um espaço de circulação entre obras e visitantes. A cenografia, concebida em diálogo com as peças, busca dissolver fronteiras entre o individual e o coletivo, transformando o ambiente em um campo de trocas.

CONKO (E Jardel o ceramista)

Diversidade de trajetórias

A seleção apresenta uma ampla gama de propostas. No mobiliário, aparecem estúdios como Vital Oficina, Urtiga., Casa Reina e Henrique Nini Estúdio. Na cerâmica, nomes como Céu de Barro, Ju Wimmers e Naka Cerâmica se somam a novos participantes, entre eles Conko e Libero. No campo dos objetos e tapeçarias, destacam-se Maria Nuvem, Iro Studio, We Studio e Bruna Octaviano. Também há espaço para práticas artísticas com iniciativas como Znort, Mateus Mudat e Trama Afetiva.

Essa diversidade reflete a intenção de ampliar o escopo de olhares e dar visibilidade a percursos distintos, aproximando o público de criações que não se limitam a formatos convencionais.

Juliana Wimmers (Cerâmica)

Continuidade e missão

Desde sua criação em 2012, a Feira na Rosenbaum se consolidou como uma plataforma de difusão do design nacional, conectando artistas, artesãos e designers independentes. Reconhecida por iniciativas sustentáveis e pelo compromisso com a valorização da produção autoral, a feira amplia agora sua atuação com o Design Coletivo, reforçando o propósito de abrir espaço para novos agentes e trajetórias.

Para Cris Rosenbaum, o projeto é um gesto de continuidade. “É uma forma de ampliar nosso olhar e alimentar o ciclo do design no Brasil, permitindo que vozes diversas também estejam presentes nas edições maiores”, afirma. Micha D’Angelo complementa: “Buscamos projetos que tragam frescor e identidade, que surpreendam ao escapar do caminho óbvio. Esse formato nasce justamente dessa energia de descoberta.”

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